Relicário de Idéias

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Location: Brasília, Brazil

Sou uma pessoa feliz que adora a vida e que se orgulha disso

Saturday, December 17, 2005

Mas uma vez Natal


Na vida devemos acreditar em certas coisas , devemos acreditar que há coisas que não podem ser mudadas , e outras que mesmo podendo nunca serão mudadas , que a vida continua apesar de qualquer coisa que aconteça , que sempre haverá amigos eternos, mas muito poucos, e que talvez você não os veja sempre ou quase nunca, mas que certamente sempre estarão em suas orações e você nas deles e que nos momentos em que mais precisar eles estarão de seu lado nem que seja em pensamento.Que você com sorte ficará muito velho, portanto respeite os mais velhos e os mais novos também por que respeito nunca é demais ,tenha certeza que sorrir é bem melhor do que chorar, que ajudar é melhor do que ser ajudado e de que viver é o melhor de tudo isso. Encante-se a cada dia afinal a vida é muito breve para se aborrecer , seja chamado de doido de vez em quando, deixe sua marca nas pessoas e que ela seja a melhor possível , sonhe e acredite , mas, principalmente, saiba realizar , pratique seu exercício de auto estima e conhecimento diário , olhe-se no espelho, mas não busque nele beleza ou perfeição apenas tente ver nele refletido você. Não tenha medo demais, mas saiba respeitas seus limites , acredite que você tem defeitos e busque amenizá-los, mas não extingui-los, pois faz parte do homem errar. Não se aprece, ninguém com sua idade tinha a vida resolvida e pronta . Não faça planos, pois eles não são reais, tome banho de chuva , acredite em milagres e mágicas, procure o melhor nas pessoas , ou faça você mesmo sua lista de coisas a se fazer para ter a melhor vida possível.

Feliz Natal e um Ano Novo realmente novo e feliz.

Motivo


Por que eu escrevo no blog ? estava refletindo sobre isso ... por que escrevo aqui se meus textos reais , meus textos literários , são tão diversos destes ?
Descobri que o que escrevo aqui são aparas, como retalhos que sobram de costuras, junto os cacos dos contos que escrevo e reconstruo nesse mosaico que aqui está. Por isso o relicário tem essa aparência tão heterogenia, fala sobre tudo e sobre coisa nenhuma, não tem um corpo que o comande nem caminho que o indique, são sobras que me vão acumulando pelo caminho e que tem que se exteriorizar para ceder lugar a novas sobras.
Ainda não descobri meu real processo criativo, mas acredito que antes de cativar com seu próprio texto é importante contaminar as mãos em magia , portanto escrevo quando estou lendo , interrompo várias vezes a leitura e anoto idéias que me surgem à cabeça até que a avalanche se torne tão entesa que tenho que parar e não pensar em nada.
Meus personagens que adormecem em algum canto escrito, ainda não tomaram coragem nem ânimo de aparecer aqui e não sei se aparecerão um dia, pois, como aqui só cabem sobras é bem provável que eles apareceriam desfigurados e como algo próximo a uma quimera cubista , ou algo assim , mas não sei, quem sabe um dia um de meus personagem se disponha a virtualmente se condicionar a esse ambiente ambíguo que é o relicário, na verdade acho que não, meus personagens são tímidos e preferem se esconder nos arcabouços de meus textos apenas se permitindo vez ou outra sair para espiar a luz da rua.
De qualquer forma o relicário como bom recipiente de armazenamento de coisas que poderiam ser jogadas fora, mas não são; está funcionando muito bem e continuarei escrevendo aqui enquanto for divertido, por que é assim que deve ser.

Wednesday, December 14, 2005

Viver é divertido demais

Hoje a tarde, caiu uma chuva muito forte, daquelas que são quase uma preparação para o dilúvio, és que vinha eu pela rua com meu guarda chuva cor de rosa, tentando evitar o inevitável, ora de qualquer forma eu me molharia não é verdade? só que eu tinha duas escolhas, a primeira era me molhar e ficar com muita raiva, culpar céu e terra ,descarregar toda a cartilha de palavras feias que eu tenho guardado durante toda minha vida e me aborrecer com tudo isso muitíssimo ou a segunda que era me divertir com isso, fazer do drama comédia , do velório festa, do rotineiro o surpreendente.
Tudo isso me passou pela cabeça com a velocidade de um relâmpago supersônico, sem pesar duas vezes eu fechei o guarda-chuva no meio da rua e saí rindo, me divertindo pra valer pela rua, dando gargalhada bem alto, chutando poça de água, em uma festa só. Acho que os visinhos mandarão um psiquiatra aqui em casa amanhã, por que eles me olhavam com umas caras estranhíssimas , e eu achei isso ainda mais legal afinal quem pode realmente dizer que a vida é diferente da rotina das demais pessoas? Pelo menos hoje por alguns poucos minutos a minha rotina foi completamente diferente da de qualquer outro cidadão mentalmente são, a verdade é que foi muito divertido.
Então estava aqui refletindo sabe? Sempre temos escolhas, sempre.

Saturday, December 03, 2005

Prosa poética


Palavras soltas e nada mais, por um hermetismo irritante que nada diz, simples presença, a tinta antiga, vozes vociferadas no escuro. Mas uma doce música ao ouvido a dentro a entorna-se tácita pela razão e nada mais poético e atento que um simples sinal de pontuação”.”

Estou lendo um livro bom


Sabemos que gostamos de um livro quando paramos de lê-lo e permitimos que ele nos leia, mas esses livros são tão poucos , apenas uns dois ou três livros totais, que nos roubam a presença, que nos rememoram o passado e nos espelham em vidros antigos , ecos de personagens que já vestimos ,imagens de seres que já fomos .
Um convite furtivo a participar de um mundo poético, de um simples estar no mundo que fingimos viver.
Mas ao sermos lidos por um livro bom absorvemos gota a gota suas memórias e saudades, admitimos sua forma de pensar e somos muito mais que seres vivos somos seres literários encantados pela forma da palavra escrita.

A beleza dos aquários


Essas pequenas caixas de sonho que são os aquários deixam reluzir brandamente a translucidez da água limpa, a brandura especular do elemento vítreo e o azul retiforme das pedras azuis de seu fundo.
Como se tudo isso a beleza não bastasse vivem dentro deles vidas de pequenos peixinhos.
E o que pode haver de mais belo que a vida?

Detesto textos metafísicos...

Friday, December 02, 2005

Para me ver


Para me ver é preciso primeiro fechar os olhos e escutar a música que toca no interior de cada estação, ver estrelas douradas reluzindo no lago de algum parque antigo , contaminar as mãos limpas com perfume de rosas guardadas , recitar um verso só de um poeta anônimo e rir um riso de criança no circo , conhecer a forma das nuvens no primeiro dia de primavera, ter uma caixa de segredos guardada, um retrós de linha azul cor de céu e pétalas de girassol na lapela, pedalar pelo horizonte amigo, varrer a rua do sonhos com vassoura de palha, amargar o gosto do fel, ouvir música de câmara, apreciar um filme antigo de Almodova , não entender um gesto simples, perder a mania de fazer o que todo mundo faz como todo mundo faz,levantar de madrugada para cassar vaga-lume, e gostar, e ter paixão pela surpresa.
Pois somos pequenos universos só, rastros do sonho de alguém distante, pássaros que perderam as asas no momento do vôo, gênios de uma ciência cega e heróis de um mundo desabitado, somos simples como as coisas simples podem ser, seres reais frutos do sonho de fantasmas de um alma só.